sábado, janeiro 30, 2010

Futuro da politica - Estruturas em rede
















O Nuno Morais Sarmento, vice-presidente da Comissão Política Nacional do Partido Social Democrata (entre 2002 e 2005) e chamado a funções governativas, como Ministro da Presidência de José Manuel Durão Barroso e Pedro Santana Lopes. É presidente do Conselho de Jurisdição Nacional do PSD (desde 2008) e futuro comentador politico na SIC noticias.

Com um raciocínio brilhante e uma experiência politica notável o Nuno trouxe-nos uma reflexão sobre como o sistema politico deve evoluir de encontro à nova realidade social mundial em que vivemos.

Hoje pela primeira vez na história temos informação imediata disponível à escala mundial. Temos por isso também uma capacidade de governo global, como vimos na resolução desta ultima crise financeira. Sendo algo que será cada vez mais frequente.

Nos dias que correm temos o individuo com um poder e capacidade de o usar que nunca tinha tido. O poder da opinião de cada pessoa usando as ferramentas de comunicação actuais, como por exemplo o sms é capaz de em 24 horas mudar um governo, como foi o caso de Espanha aquando dos atentados. Ou a importância dos indivíduos do resto do mundo na influência da eleição de Obama no Estados Unidos.

A geração mais nova comunica e cria o seu mundo baseado em chats, blogs, forums, redes sociais na net em que a sua ideia conta independentemente do dinheiro e importância social que tem. Este funcionamento de rede, com ausência de estruturas piramidais de poder, é aquele a que o sistema politico tem de se moldar. Exista quem coordene, mas que a comunicação e interacção seja directa.

O Nuno explicou-nos a grande diferença entre a ideologia socialista e a social democrata, sendo que a nesta o dinamismo da sociedade é feita pelas pessoas e para estas e não pela intervenção do estado. A importância da família como célula básica da sociedade a preservar, e os empresários a quem devem ser dadas condições para desenvolver a economia.

Num registo mais intimo a que no fim nos presenteou, referiu-nos que o poder altera a personalidade de algumas pessoas, e no seu caso pessoal vai no sentido da vaidade e egoísmo que tendo experimentado não quer repetir.

Assim, e com muita pena nossa pelas qualidades extraordinárias que lhe fomos descobrindo, será pouco provável que o vejamos como timoneiro deste nosso país, mas estará sempre disponível para travar combates na sociedade no sentido de dar o seu contributo para a melhorar.